Mal-estar docente e a somatização no mundo do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.55602/rlic.v2i2.40Palavras-chave:
Profissão docente, Psicologia socioemocional, Estresse, Saúde do trabalho, EducaçãoResumo
A ciência médica tem comprovado que realmente todos os sistemas orgânicos podem ser influenciados por eventos emocionais e que o estresse pode desencadear problemas de saúde. O presente artigo tem como escopo promover uma reflexão acerca da importância da somatização no mundo do trabalho advinda do estresse, em especial na profissão docente. Tomando como referência o entendimento de que somos capazes de autorreorganização e que o conhecimento de nossos estados emocionais contribui para um melhor gerenciamento do comportamento, defende-se a ideia de que esses profissionais, uma vez bem informados e com habilidades socioemocionais aprimoradas, podem colocar em uso seu conhecimento em prol de evitar o mal-estar docente e, por consequência, os processos somatoformes. Nesse sentido, a apresentação desses conhecimentos na formação de professores pode promover a saúde desses futuros profissionais, contribuindo para eliminar ou reduzir os riscos de que os professores venham a adoecer.
Downloads
Referências
BARROS, D. M.; CARVALHO, F. A. H. Os segredos do cérebro. Cidade Nova, n. 3, p. 40-41, mar. 2012.
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. 14. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
CARLOTTO, S. M. Síndrome de burnout em professores: prevalência e fatores associados. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 27 n. 4, p. 403-410, out./dez. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n4/03.pdf. Acesso em: 30 set. 2014.
CARVALHO, F. A. H. Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente. Revista Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 8 n. 3, p. 537-550, nov. 2010/fev.2011. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/revista/upload/revistas/r317.pdf. Acesso em: 7 jul. 2014.
CARVALHO, F. A. H. Reaprender a aprender: a pesquisa como alternativa metacognitiva. Tese (Doutorado em Educação) – Fac. de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2007.
DAVIDSON, R. J.; BEGLEY, S. O estilo emocional do cérebro: como o funcionamento cerebral afeta sua maneira de pensar, sentir e viver. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.
COELHO, C. S. L.; AVILA, L. A. Controvérsias sobre somatização. Rev. Psiq. Clín, v. 34, n. 6, p. 278-284, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n6/v34n6a04.pdf. Acesso em: 10 out. 2014.
CRUZ, Roberto Moraes et al. Saúde docente, condições e carga de trabalho. Revista Electrónica de Investigación y Docencia (REID), p. 147-160, jul. 2010. Disponível em: http://www.ujaen.es/revista/reid/revista/n4/REID4art8.pdf. Acesso em: 30 maio 2014.
DAMÁSIO, A. R. O erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
GARDNER, H. Mentes que mudam. Porto Alegre: Artmed, 2005.
GAZZANIGA, M.; HEATHERTON, T. Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.
GERRIG, R.; ZIMBARGO, P. A psicologia e a vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
JOHNSON, S. De cabeça aberta: conhecendo o cérebro para entender a personalidade humana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
JUNIOR SANTOS, F. et al. A influência do estresse na resposta imunológica. Revista Neurociências, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 125-133, abr./ jun. 2011.
LENT, R. Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MATTHEWS, G.; ZEIDNER, M. Inteligência emocional, adaptação a situações de estresse e os resultados para a saúde. In: BAR-ON, R.; PARKER, J. D. A. Manual de inteligência emocional: teoria e aplicação em casa, na escola e no local de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MORIN, E. O método 1: o conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina, 2005.
POCINHO, M.; CAPELO, M. R. Vulnerabilidade ao stress, estratégias de coping e autoeficácia em professores portugueses. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 35, n. 2, maio/ago. 2009. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ep/article/view/28197/30012. Acesso em: 10 out. 2014.
RATEY, J. J. O cérebro: um guia para o usuário. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
TORRE, S. Os pressupostos interdisciplinares de uma aprendizagem integrada para a vida. In: MORAES, M. C.; TORRE, S. Sentir pensar: fundamentos e estratégias para reencantar a educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.