Mal-estar docente e a somatização no mundo do trabalho

Autores

  • Fernanda Antoniolo Hammes de Carvalho Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
  • Marcelo Cadaval da Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.55602/rlic.v2i2.40

Palavras-chave:

Profissão docente, Psicologia socioemocional, Estresse, Saúde do trabalho, Educação

Resumo

A ciência médica tem comprovado que realmente todos os sistemas orgânicos podem ser influenciados por eventos emocionais e que o estresse pode desencadear problemas de saúde. O presente artigo tem como escopo promover uma reflexão acerca da importância da somatização no mundo do trabalho advinda do estresse, em especial na profissão docente. Tomando como referência o entendimento de que somos capazes de autorreorganização e que o conhecimento de nossos estados emocionais contribui para um melhor gerenciamento do comportamento, defende-se a ideia de que esses profissionais, uma vez bem informados e com habilidades socioemocionais aprimoradas, podem colocar em uso seu conhecimento em prol de evitar o mal-estar docente e, por consequência, os processos somatoformes. Nesse sentido, a apresentação desses conhecimentos na formação de professores pode promover a saúde desses futuros profissionais, contribuindo para eliminar ou reduzir os riscos de que os professores venham a adoecer.

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Biografia do Autor

Fernanda Antoniolo Hammes de Carvalho, Universidade Federal do Rio Grande – FURG.

Doutora em Educação, Pós-doutoranda PNPD-CAPES no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências: química da vida e saúde, na área de Neurociências e Educação

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Publicado

31-12-2014

Como Citar

Carvalho, F. A. H. de, & Fonseca, M. C. da. (2014). Mal-estar docente e a somatização no mundo do trabalho. Revista Acadêmica Licencia&Acturas, 2(2), 7–13. https://doi.org/10.55602/rlic.v2i2.40

Edição

Seção

Artigos