Os Vegan's vão dominar o mundo!

reflexões escolares sobre o fazer científico pacifista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55602/rlic.v11i2.291%20

Palavras-chave:

Antropologia da relação humano-animal, Cultura, Escola, Feira de Ciências, Trabalho didático

Resumo

O presente texto é fruto de uma pesquisa realizada com uma turma de 4º ano de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental, no ano de 2022, abordando o tema "Relação Humano-Animal na Ciência". A pergunta-problema que norteou a pesquisa foi: A partir da perspectiva dos estudos da relação humano-animal, é possível fazer ciência de forma pacífica? Metodologicamente, realizou-se leituras orientadas com os alunos e a aplicação de questionários. Como resultado, em relação ao uso de animais na ciência, identificou-se o pensar e agir da comunidade escolar sobre os benefícios e malefícios dessa prática, a viabilidade ou não de abolir o experimento animal, e, por fim, a elaboração de reflexões e posicionamentos baseados em evidências científicas sobre a possibilidade ou não de realizar um fazer científico pacifista, sem a necessidade de causar dor ou maltratar seres vivos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jander Fernandes Martins, Universidade FEEVALE/ Prefeitura Municipal de Campo Bom

Doutor em Processos e Manifestações Culturais (FEEVALE), Pedagogo (UFSM), professor concursado em Campo Bom/RS.

Vitoria Wingert, Universidade FEEVALE

Doutoranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Universidade Feevale. Mestra em Processos e Manifestações Culturais pela Universidade Feevale (2019). Historiadora formada pela Universidade FEEVALE (2016). Especialista em Literatura Infantojuvenil (FISIG), Ensino de Filosofia para Ensino Médio pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e em Mídias na Educação pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense(IFSUL). Cursou o Magistério/Normal (Instituto Sapiranga), concluído em 2011.

Referências

BEVILAQUA, C.; VELDEN, F. V. Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais. São Paulo: Edufscar; 2016.

CADERNOS Técnicos de Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, n. 67, dez. 2012. Disponível em: https://vet.ufmg.br/wp-content/uploads/2019/06/Caderno-Técnico-67.pdf. Acesso em: 22 abr. 2022.

DESCOLA, P. Estrutura ou sentimento: a relação com o animal na Amazônia. Mana, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 13-45, 1998. DOI: 10.1590/S0104-93131998000100002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/yFVLXtKkcyTLBYhYc8Hd8XN/#. Acesso em: 27 dez. 2023.

DIGARD, J-P. A biodiversidade doméstica, uma dimensão desconhecida da biodiversidade animal. Anuário antropológico, Brasília, DF, v. 37, n. 2, p. 205-223, 2012. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6898. Acesso em: 27 dez. 2023.

DOUGLAS, M. Pureza e Perigo: ensaio sobre a noção de poluição e tabu. Lisboa: Edições 70, [1991]. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1861113/mod_resource/content/1/pureza-e-perigo-mary-douglas.pdf. Acesso em: 27 dez. 2023.

ERCOLE, F. F.; MELO, L. S.; ALCOFORADO, C. L. G. C. Revisão integrativa versus sistemática. Rev. Min. Enferm., Belo Horizonte, v. 18, n.1, p. 9-11, jan./mar. 2014. DOI: 10.5935/1415-2762.20140001. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50174. Acesso em: 27 dez. 2023.

FROEHLICH, G. Trabalhar os animais, trabalhar com os animais: reflexões etnográficas sobre bem-estar animal em fazendas de criação de gado de corte R@U, São Carlos, SP, v. 5, n. 1, p. 108-125, jan./jun. 2015. DOI: 10.52426/rau.v5i1.135. Disponível em: https://www.rau2.ufscar.br/index.php/rau/article/view/135. Acesso em: 27 dez. 2023.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed., 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

GOMES, J. H. S. Outridade, conflito e governo: controvérsias públicas acerca da prática sacrificial afro-brasileira (Rio Grande do Sul, 2015/2016). 2017. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

HARAWAY, D. When species meet. Minnesota: University of Minnesota Press, 2008.

HARAWAY, D. A partilha do sofrimento: relações instrumentais entre animais de laboratório e sua gente. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 17, n. 35, p. 27-64, 2011. DOI: 10.1590/S0104-71832011000100002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/PPqQD7Yzn8WvzzDfX5Scjvz/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 27 dez. 2023.

INGOLD, T. Humanidade e animalidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 10, n. 28, p. 30-53, 1994. Disponível em: http://www.iea.usp.br/eventos/destaques/ingold-humanidade. Acesso em: 27 dez. 2023.

KOHLER, F. Antropologia e etologia: uma abordagem conceitual. Revista de Antropologia da UFSCar, São Carlo, SP, v. 5, n. 1, p. 170-192, jan./jun. 2015. DOI: 10.52426/rau.v5i1.138. Disponível em: https://www.rau2.ufscar.br/index.php/rau/article/view/138. Acesso em: 27 dez. 2023.

KULICK, D. Animais gordos e a dissolução da fronteira entre as espécies. Mana, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 481-508, 2009. DOI: 10.1590/S0104-93132009000200006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/RjfTHsFJJKSzZ7jr57FngtD/abstract/?lang=pt. Acesso em: 27 dez. 2023.

LATOUR, B. Onde aterrar?: como se orientar politicamente no Antropoceno. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

LEACH, E. Aspectos antropológicos da linguagem: categorias animais e insulto verbal. In: DAMATTA, R. (org.). Edmund Leach. São Paulo: Ática, 1983. p. 170-198.

LEACH, E. Once a knight is quite enough: como nasce um cavaleiro britânico. Mana, Rio de Janeiro, v. 6, n 1, p. 31-56, abr. 2000. DOI: 10.1590/S0104-93132000000100002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/w6FN4KhjYQ9kBgDY3ZzwVdJ/. Acesso em: 27 dez. 2023.

LEVI-STRAUSS, C. Totemismo hoje. Petrópolis, RJ: Vozes, 1975.

LEVI-STRAUSS, C. As estruturas elementares do parentesco. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

LEVI-STRAUSS, C.; GOUCH, K.; SPIRO, M. A família: origem e evolução. Porto Alegre: Editora Villa Martha, 1980.

LEWGOY, B.; SORDI, C.; PINTO, L. O. Domesticando o humano: para uma antropologia moral da proteção animal. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 75-100, 2015. DOI: 10.5007/2175-8034.2015v17n2p75. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2015v17n2p75. Acesso em: 27 dez. 2023.

LEWGOY, B.; SEGATA, J. A persistência da exceção humana. Vivência: Revista de Antropologia, Natal, v. 1, n. 49, p. 155-164, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/12826. Acesso em: 27 dez. 2023.

MARTINS, J. F.; WINGERT, V. D. Kuchiosy No Jutsu: a relação humano-animal no animê Naruto. In: BUENO, Andre et al. (org.). Extremos Orientes. União da Vitória: Sobre Ontens? LAPHIS/UNESPAR, 2018. v. 1, p. 175-190.

MARTINS, J. F.; WINGERT, V. D. Feira de ciências escolar: desafios, limites e possibilidades concretas. In: SEMINÁRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO - SPG, 14., 2021. Anais [...]. Novo Hamburgo: Universidade FEEVALE, 2021. p. 1384-1394

MARTINS, J. F.; WINGERT, V. D.; RAMBO, J. R. Espiritualidade Animal: um estudo antropológico introdutório sobre a relação humano-animal. In: SEMINÁRIO DE PÓS-GRADUAÇÃO – SPG, 13., 2020. Anais [...]. Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2020. p. 2759-2769.

NACONECY, C. Ética e animais: um guia de argumentação. Porto Alegre: Edipucrs, 2006.

OSÓRIO, A. Humanidade e não-humanidade: notas sobre um grupo de protetores de gatos de rua. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL, 4., 2011, Campos dos Goytacazes. Anais […]. Campos dos Goytacazes: Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, 2011. p. 1-17. Disponível em: http://www.uff.br/ivspesr/images/Artigos/ST11/ST11.1%20Andrea%20Barbosa%20Osorio.pdf. Acesso em: 28 ago. 2018.

OSÓRIO, A. Mãe de gato? Reflexões sobre o parentesco entre humanos e animais de estimação. In: BEVILAQUA, C. B.; VANDER VELDEN, F. (org.). Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais. Curitiba: Ed. UFPR; São Carlos: Ed. UFSCar, 2016. p. 53-75.

PASTORI, E. O.; MATOS, L. G. “Da paixão à ajuda animalitária”: o paradoxo do “amor incondicional” no cuidado e no abandono de animais de estimação. Caderno Eletrônico de Ciências Sociais, Vitória, v. 3, n. 1, p. 112-132, 2015. DOI: 10.24305/cadecs.v3i1.12277. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/cadecs/article/view/12277. Acesso em: 27 dez. 2023.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.

SORDI, C. O animal como próximo: por uma antropologia dos movimentos de defesa dos direitos animais. Cadernos IHU ideias, São Leopoldo, RS, ano 9, n. 147, 2011. Disponível em: https://www.academia.edu/11462148/Sordi_C_O_animal_como_pr%C3%B3ximo_. Acesso em: 27 dez. 2023.

SOUZA, I. M. A. Vidas experimentais: humanos e roedores no laboratório. Etnográfica, Lisboa, v. 17, n. 2, p. 241-268, 2013. DOI: 10.4000/etnografica.3108. Disponível em: https://journals.openedition.org/etnografica/3108?lang=fr&gathStatIcon=true. Acesso em: 27 dez. 2023.

SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010. DOI: 10.1590/S1679-45082010RW1134. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?lang=pt#. Acesso em: 27 dez. 2023.

WINGERT, V. D.; MARTINS, J. F. A menina e a mosca: uma análise sobre a construção do estereótipo chinês e relação humano-animal. In: BUENO, Andre et al. (org.). Extremos Orientes. União da Vitória: Sobre Ontens? LAPHIS/UNESPAR, 2018. v. 1, p. 1-430.

Downloads

Publicado

26-02-2024

Como Citar

Martins, J. F., & Duarte Wingert, V. (2024). Os Vegan’s vão dominar o mundo! reflexões escolares sobre o fazer científico pacifista. Revista Acadêmica Licencia&Acturas, 11(2), 7–20. https://doi.org/10.55602/rlic.v11i2.291

Edição

Seção

Artigos livres

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)