O Plano Nacional de Educação e os futuros planos dos municípios

os planos municipais podem ser tecnicamente bem melhores

Autores

  • Danilo Gandin

DOI:

https://doi.org/10.55602/rlic.v3i1.67

Palavras-chave:

Plano Nacional de Educação, Educação, Qualidade na educação, Metas, Planejamento estratégico

Resumo

O Plano Nacional de Educação é tecnicamente malformulado. Muitos motivos, de ordem política, social, de gestão etc., convergem para que planos não se executem. Mas há um princípio que deve sustentar a própria ideia do planejar: quanto mais perfeito tecnicamente for um plano, mais possibilidade ele terá de vencer os óbices que encontrará em sua execução. Dito de outra forma: um plano deve ser tão claro, de modo que as pessoas tenham mais facilidade em fazer o que ele manda do que explicar por que não o fizeram. Os principais defeitos técnicos desse: a) não incluir um referencial sobre a qualidade da educação e, como consequência, não incluir um diagnóstico qualitativo sobre nosso ensino; b) não seguir nenhuma das escolas (correntes) de planejamento que se constituíram nos últimos tempos; c) usar o conceito de “metas” para a operacionalização e induzir municípios e estados a fazer o mesmo; esse procedimento exime o plano de incluir ações, rotinas, regras e atitudes, verdadeiras formas de transformar a realidade, único motivo pelo qual se sustenta o planejamento; d) usar o conceito “estratégia” sem conhecer-lhe o significado; misturar, no campo das “estratégias”, outras categorias que absolutamente não são estratégias, promovendo o contrário da finalidade fundamental do planejamento, que é ferramenta para tornar claras e precisas as práticas. O presente texto trabalha, ainda, com sugestões de como corrigir esses pontos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13005-25-junho-2014-778970-publicacaooriginal-144468-pl.html. Acesso em: 02 jun. 2015.

BROMLEY, R.; BUSTELO, E. (org.). Política x técnica no planejamento. São Paulo: Brasiliense, 1982.

GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 20. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

GANDIN, D. Soluções de planejamento para uma prática estratégica e participativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

GANDIN, D. Planejamento na sala de aula. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

MATUS, C. Política, Planificación y Gobierno. Caracas: Fundación Altadir, 1987. Disponível em: http://www.bnm.me.gov.ar/giga1/documentos/EL001185.pdf. Acesso em: 02 jun. 2015.

Downloads

Publicado

01-05-2015

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

GANDIN, Danilo. O Plano Nacional de Educação e os futuros planos dos municípios: os planos municipais podem ser tecnicamente bem melhores. Revista Acadêmica Licencia&acturas, Ivoti, RS, v. 3, n. 1, p. 7–16, 2015. DOI: 10.55602/rlic.v3i1.67. Disponível em: https://ws2.institutoivoti.com.br/ojs/index.php/licenciaeacturas/article/view/60. Acesso em: 27 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

161-170 de 296

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.